AB6 - Reencontrar o passado

Um dia, uma citação

AB6 - Encontros e reencontros

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Chinita



Passagem de ano 31.12-1968 - Restaurante Pontes

Chinita!

Um companheiro que já partiu.

Essa notícia colheu-me de surpresa no último encontro dos ex-AB6.

Como eu lamento e choro o Chinita apesar do nosso entendimento nem sempre ter sido pacífico.

Chinita assumia-se como ribatejano puro, amante dos touros e cavalos.

Como ele gostava de se vestir a rigor, com o chapéu de toureiro e as botas de vaqueiro.

Como ele era gozão e provocador, mais parecendo estar sempre na cara do touro.

Até breve, Chinita.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

O apito morgado e o sonho

A Dra. Maria José Morgado e o Procurador-Geral jamais me convencerão quanto às suas prioridades.

Aos apregoados, ao longo dos tempos, seis milhões de benfiquistas, respondeu o Dr. Dias da Cunha, aguentando a parada, com os quatro milhões de leões.

Os portugueses são dez milhões.

Não tenho dúvida alguma que a Dra. Maria José Morgado e o Procurador-Geral são dois grandes portugueses.

É espantoso o apite voraz e a fixação para apanhar Pinto da Costa e o F. C. Porto a qualquer preço, sem um pingo de vergonha.

É espantoso como casos como o da UGT e Torres Couto, como o da Expo, como os da “Slot-Machines” abortadoras e muitos, muitos, outros mais, que envolvem milhões, o caso Casa Pia, os indiciados assassinos de agente da Judiciária que foram libertados porque permitiram que caducassem as medidas de coacção e outros casos mais, também aviltantes e preocupantes, não tenham merecido e não mereçam do Estado e das entidades judiciais a mesma preocupação, empenhamento e, sobretudo, prioridade.

Estarão á espera do exemplar empenhamento e da exemplar prioridade do processo Apito Dourado, centrado no pagamento a putas para desflorar árbitros, para credibilizar a justiça?

Estou esclarecido e deixem-me rir, por favor.

É espantoso como nos querem fazer crer que pagar um jantar após um jogo ou pagar uma noitada de prostitutas (se é que foi verdade) é corrupção, é compra e venda de pessoas e da sua dignidade e seriedade.

Até parece que em Lisboa não há e nunca houve jantaradas colectivas e outras mordomias e sodomias.

É espantoso como tudo isto se passa num jogo, no Porto, entre o quase campeão e um dos últimos classificados, sem qualquer interesse e que decorreu sem a mínima intervenção falaciosa do árbitro no resultado final.

Claro, todos acreditamos que se haverá de encontrar um jogo em que o FC Porto tenha sido beneficiado ou os seus rivais prejudicados.

- O meu sonho começa: Isso até num será difícil ... mais cuidados a ter ... haberá … para os sincronizar com o café …, as putas… e outras mordomias … mas num será nada que num se consiga … até os imbentamos ... carago ... mais camara lenta prá frente ... menos camara lenta pra trás ... mais corte aqui ... mais emenda acolá ... num haberá problema ...

É espantoso como nesses anos de Mourinho, e foram dois, o FC Porto passeou uma gritante superioridade sobre todos os restantes adversários e como, em jogos de alto risco para a discussão do título, em Alvalade, tenha sido sempre gravemente, de forma grosseira, PREJUDICADO por Lucílio Baptista, como o poderão atestar os vídeos integrais desses jogos.

É espantoso como o Procurador de Gondomar, Carlos Teixeira, desses e outros tais jogos, que decidem títulos, não tenha gravação de qualquer escuta e muito menos tenha indícios de Pinto da Costa, ou acólitos, a querer comprar o resultado desses jogos. Muito espantoso mesmo.

E se à Dra. Maria José Morgado é permitido divagar em frente das câmaras de televisão, a mim, obviamente, também me será permitido ficcionar pensamentos meus:

Nos meus pecaminosos pensamentos, eu penso que o Procurador de Gondomar, Carlos Teixeira, é um benfiquista ou sportinguista doente, fanática e sectariamente anti-Pinto da Costa e anti-FC Porto, que, vergado e humilhado com os êxitos do FC Porto e vítima da lavagem ao cérebro que os media desportivos vêm implementando na sociedade portuguesa, armadilhou, penso eu, de gravador em riste, penso eu, aproveitando-se da insensatez dos árbitros, penso eu, toda esta palhaçada.

É espantoso não existir qualquer indício, por mínimo que seja, nos jogos em que o FC Porto mais necessidade teria de vencer ou de elevadíssimo grau de dificuldade, de tentativa de corromper quem quer que seja ou de tentar vencer pela via da corrupção.

Isto cheira mal, cheira mesmo muito mal. Há que ter vergonha.

Aliás, eu também poderia pensar que a reunião num hotel de Lisboa, mencionada por Miguel Sousa Tavares na “A Bola” de 16/01/2007, seria um caso de corrupção. Poderia apenas pensar e nunca afirmar porque, infelizmente, não fiz escuta telefónica.

Agora vem o Parlamento, pela mão do PSD (como está o seu Benfica, Dr. Luís) e de outros grupos parlamentares, querer retirar da Lei o nexo casualidade para que as palhaçadas, como a, penso eu, do Apito Dourado e as inventonas preparadas à distância e minuciosamente, como a, penso eu, do caso Calheiros, possam ter êxito e não necessitem da mínima justificação e sustentação.

Por onde andavam todos estes senhores, onde estava o País, quando o Benfica do Dr. Vale Azevedo não pagou as suas obrigações fiscais e de segurança social e, muito mais grave, gravíssimo, apresentou na Liga um documento ESTATAL FALSO para vigarizar os regulamentos da Liga, aprovados pelos clubes e em conformidade com o Protocolo assinado pelo Governo, FPF e Liga, e assim, ilegal e ilegitimamente, poder participar na Superliga?

Alguém se lembrará do Presidente do Benfica, Manuel Vilarinho, confessar diante das TVs, que afinal não tinham sido cumpridos os compromissos fiscais e da Segurança Social e que o Benfica devia uma “pipa” de massa ao Estado?

Alguém se lembrará que o fisco e o governo, face aos regulamentos e ao Protocolo assinado, tinham obrigação de saber que o Benfica não cumprira os seus compromisso e que estava a participar ilegal e ilegitimamente na primeira liga?

Alguém se lembrará do empenhamento apressado, do governo de então, para salvar a honra do convento e explicar as dívidas do Benfica, aquando do eclodir deste maior escândalo da história do futebol português? E para justificar que uma grande parte desse incumprimento acabava de ser regularizado e que para o restante foram programados pagamentos faseados? Foi o Dr. Pina de Moura ou foi o Eng. Sócrates? É que já não me lembro muito bem, embora me lembre perfeitamente desse reconhecimento público da maior farsa e corrupção do futebol português.

Alguém se lembrará do presidente da Liga, Valentim Loureiro, com aquele seu ar de inocência premeditada e de xico-esperto incontrariável, vir garantir que a Liga recebera um documento oficial do estado e que, portanto, nada haveria a fazer.

Mas então, quando se descobre que o conteúdo desse documento oficial do estado é uma grandiosíssima trapaça, uma vigarice ordinária, não se abre um processo por não ter sido liquidados em tempo oportuno as dívidas ao fisco e segurança social e não se abre um outro processo pela manobra fraudulenta?

E não se investiga quem do fisco foi corrompido, se é que seria necessário corromper alguém?

E não se obriga ao cumprimento dos regulamentos então vigentes e não se anulam os jogos em que o Benfica participou ilegal e ilegitimamente na primeira liga? E não se atira o Benfica para a liga de honra, no mínimo?

Por onde andavam as preocupações do Parlamento? A Lei contra a corrupção, e o seu cumprimento, servia a verdade e a justiça? Era, então, uma boa Lei? De certeza?

- E eu sonho: Claro, a “máfia” é no Puarto, o mafioso é o outro ... o papa ... quando chegar a hora dele ... do papa ... logo beremos a Lei ... Seis milhões na liga de honra …isso é que era bom ... parolos …esperem sentados … isso era uma bronca dos diabos .... poderá lá ser... mande-se a Lei para o exílio até que o outro seja armadilhado … perdom ... quero dizer … apanhado …

E a comunicação social, desportiva e a outra, não sentiram nem cheiraram a fraude? Não se aperceberam das implicações do maior escândalo de sempre do futebol português? Desconheciam o Protocolo e os regulamentos do futebol profissional?

- Em sono agitado, continuo a sonhar: … na … na … eles num bê … num bê? … num bê o quê? …na … no meio dos seis milhões? … na ... eles num bê … porra … o quê? … o polbo … o polbo bermelho … tás parbo ou quê? … claro que num bê ... no meio do bulcom … ber a laba?... num bê ... és um pacóbio … ainda acreditas em bruxas …

Espantoso, esqueceram-se, todos, mas mesmo todos, de pugnar pela verdade e pela justiça. Que estranho, muito estranho.


Mas nada me surpreende, pois há muito que o meu conceito sobre os media e comentadores desportivos está formado. Para mim, segundo o meu pensamento, não passam de uma corja de sectários e corruptos morais.

É verdade, já me esquecia, e o Estrela? Sim, sim, esse mesmo, o ESTRELA da AMADORA, que desceu, no ano da descoberta da fraude, à liga de honra.

- Eu durmo e sonho: Mas é claro ... sim senhor ... já me alembro ... o Estrela ... estrebuchou ... foi aí sim ... sim …quando o Estrela estrebuchou … que S. Balentino falou ...

- Ahah, parece que já me lembro melhor.

- E continuo a sonhar: Que foi, que se passa? ... o Estrela … o Estrela ... que foi? … logo que estrebuchou, logo calou … ahaan? … pode lá ser?... o pintinho nim é parte interessada ... e num pode assim tanto ... uhmmm, aí há gato escondido com rabo de fora ... será? ... mas ninguém bê o rabo do gato ... rabo? ... qual rabo? ... com bentosas? ... tás tolo pá? ... ou quê? ... essa abóbora num funciona ... num funciona mesmo ...

Que fez o Ministério Público? Que fez a Judiciária? Alguém investigou o mínimo dos mínimos para tentar saber o que se passou? Investigaram porque o Benfica não foi despromovido, COMO IMPUNHAM OS REGULAMENTOS ENTÃO VINGENTES, quando tudo foi descoberto?

Inquiriram, revistaram as casas de todos os eventuais implicados, estado e homens do estado incluídos?

- Acorda aqui, acorda acolá, sempre sonhando: Foi feito ... sim senhor … e muito ... sim senhor ... uma troboada ... um relômpago ... um repente ... o Bale ... o que atirou com o Benfica para a liga de honra …sabes … sabes … foi engaiolado … prebentivamente ... porque ... porque ... na … na... num é o que estás pr’aì a pensar ... na ... com seis milhões? ... liga de honra? … num crias mais nada? ... na ... na ... és muito santinho ... na … na …desbiou dinheiro do Benfica … do Obchinnikob …

- E o sonho continua: Ahaaah ... olha … olha … fechou a cortina ... já acabou? ... acabou? ... num pode ... acabou? ... ahaan …olha …olha ... outra vez … a abrir outra vez ... olha … olha …, eles todos ... de mãos dadas ... baixa a cabeça ... lebanta a cabeça ... ena pá ... tantas flores ... baixa a cabeça ... lebanta a cabeça ... ena pá … tantas palmas ... é carago … tudo de pé … tantas palmas …

Como eu gostaria de saber se houve, ou não houve, jantarzinhos, jantarões, telemóveis, pagamentos e putões e reuniões ultra-secretas para, ao mais alto nível, silenciarem e branquearem o maior escândalo da história do futebol português. Como eu gostaria de saber, se gostaria ....

Mas não, já não tenho ilusões. As revoluções acabaram e também já não temos Forças Armadas para limpar este País.

Por onde andaria, nessa altura, a Dra. Maria José Morgado? Uma boa pergunta, não?

Que moral têm agora para exigirem, a todo o custo, a pele do FC Porto e de Pinto da Costa?

É preciso terem muita lata para agora quererem considerar como corrupção tirar os três a um árbitro num bordel, quando escandalosamente se marimbaram para um documento ESTATAL FALSO emitido para VIGARIZAR os regulamentos da Liga e assim participar, ilegal e ilegitimamente, na primeira Liga.

Como podem valorizar e dar crédito a Carolina Salgado e a um livro encomendado, penso eu, por, penso eu, Luís Filipe Vieira, José Veiga, Leonor Pinhão, João Malheiro e, penso eu, pelo Procurador de Gondomar Carlos Teixeira?

De que valeram os testemunhos, em Tribunal e sob juramento, das vítimas do caso Casa Pia, quando afirmaram estar o Dr. Paulo Pedroso implicado? Porque não mereceram credibilidade?

Como eu gostaria de conhecer o conteúdo das escutas telefónicas entre o anterior Presidente da República, Dr. Ferro Rodrigues e Dr. António Costa.

E, claro, todas, mas mesmo todas, as escutas do apito dourado.

- E regresso ao sonho: ... o quê … os telemóbeis dos mouros …que estás pr’aí a dizer? … som da rede espanhola ... da rede espanhola? ... que estás pr’aí a dizer? ... tem juízo ... na ... na ... de certeza ... certezinha ... na … na …num foi isso ... num som da rede espanhola ... num som nada ... deram o berro ... os grabadores ... sim ... os grabadores ... escutas dos mouros? ... escutar mouros? ... pensas que tás onde? ... vai plantar batatas ...

Como eu gostaria de perceber o que é tráfico de influências, como gostaria ...

Como é possível reabrir um processo só porque, uma Carolina qualquer, deu o nome e a cara a um livro encomendado, penso eu, por, penso eu, Luís Filipe Vieira, José Veiga, Leonor Pinhão, João Malheiro e, penso eu, pelo Procurador de Gondomar Carlos Teixeira, quando o testemunho, em pleno Tribunal e sob juramento, das vítimas do processo Casa Pia , não foi suficientemente credível para reabertura e reintegração do Dr. Paulo Pedroso no processo Casa Pia?

Pior ainda, ao invés do tapete vermelho estendido a Carolina Salgado, as vítimas do processo Casa Pia foram obrigadas a silenciar essa questão.

Será que o Procurador-Geral e a Dra. Maria José Morgado teriam já questionado o Procurador de Gondomar Carlos Teixeira sobre como o famoso dossier foi parar à porta de casa do Presidente do Benfica, será que já lhe perguntaram?

E já agora, será que o tal famoso dossier, que tanto tempo esteve na posse do presidente do Benfica, teria servido para dar “voz” à Carolina, que de nada saberia, penso eu, e assim publicarem o “Eu Carolina”?

Teria servido também para ensinar, preparar e fundamentar a acusação, que eu penso ter sido comprada, agora sustentada por Carolina?

Porque não investigar as contas bancárias da Carolina e familiares, tanto aqui como em Espanha e em França?

Aliás, o que também deveria ter sido feito com a célebre menina da Cosmos, no propalado processo Calheiros, lembram-se?

Porque será que o presidente do Benfica não entregou, de imediato, o dito dossier no Ministério Público?

E porquê o Ministério Público, perante o constante, arrogante e pidesco folclore televisivo, não lhe exigiu os documentos?

Porque, segundo os meu pecaminosos pensamentos, não faria sentido devolvê-lo à origem com os objectivos por cumprir.

Para o meu raciocínio, isto é claro como água. Para o meu raciocínio, a rua é o local ideal para garantir a condenação pública que a Lei não permite garantir.

Este tipo de actuação, admitida pelo meu raciocínio, é, penso eu, típico dos frustrados e corruptos morais.

E o segredo de justiça?

É verdade, que segredo de justiça? Qual segredo de justiça?

Será que o Procurador Geral e a Dra. Maria José Morgado acreditam que o Conselho de Justiça decidiu com uma incoerência, gravemente suspeita, no caso Nuno Assis, quando comparada com a sua anterior sentença num caso semelhante relacionada com um jogador do Vitória de Setubal (sic Dr. Laurentino Dias) só pelos longos cabelos de Nuno Assis ?

Eu NÃO acredito e não deixarei que queiram fazer de mim parvo. Para mim, é evidente, penso eu, que houve tráfico de influências. Para mim, é evidente, penso eu, que houve corrupção.

Se para mim é corrupção material, ou, se para mim é corrupção moral? Como saber, se a Judiciária e o Ministério Público nem sequer se permitiram preocupar com essa eventualidade?

Aliás, o Benfica não precisa de corrupção material, não precisa usar o telemóvel, não precisa de jantares especiais, não precisa de comprar putas, não precisa de comprar ninguém, etc.

- Aí está o sonho, outra vez: ... mas … mas …eles ... mas ... mas ... eles ... o tanas ... tá pr’aí calado … num fales do quem num sabes ... essa agora ... qual comprar ... qual bender ... ganha tino ... nessa abóbora ... mas é ...

Eles encontram-se todos os dias, eles reinam e mandam em todas as áreas, eles são seis milhões, estão lá todos, os investigadores, os magistrados, os políticos, os governantes, os árbitros, os comentadores e escribas desportivos, os realizadores e editores de imagem, as putas, os corruptos, etc., etc..

Não é preciso pagar. O coração vermelho fanatizado e humilhado é suficiente para mover tudo e todos.

Eu acredito plenamente no meu raciocínio e ninguém me convencerá do contrário.

Eles até jogaram no Algarve com o Estoril, em jogo de capital importância para a manutenção do Estoril e para a discussão do título entre Benfica e o FC Porto.

Jogaram ou não jogaram Dra. Maria José Morgado?

Claro, eu já sei, foi um acto altruísta do Estoril, permitir um jogo de beneficência para os coitadinhos dos Ingleses, muito saudosos da Premier League. Claro, tudo dentro de uma perfeita normalidade.

- Raios partam o sonho que não me larga: O quê? ... O dono do Estoril?... na ... na, isso do dono do Estoril … num é ... é? ... é ele? ... ser … também … o director do futebol profissional do Benfica … isso foi sorte … foi sorte ... sortinha ... bem sabemos ... o Estoril desceu? …o Puarto num foi campeão? … isso ... o pintinho é que sabe ... então carago … que queres? ... ele num ... num mandou o Araújo à fruta ... à fruta ... sabes? ... andaba muito ocupado ... alembras-te da loirica que bufou no trombone? ... o pintinho andaba muito ocupado ...

Cada vez mais agitado, o sonho explode: Pára aí … pára …eia … ena … que grande … enorme … ... o quê, o quê? … ... um polbo ... bermelhinho ... … bermelhinho? ... bermelhinho mesmo? ... ... és mesmo patareco ... anton o polbo ... nun é ... nun é ... como o camelion? ... umas bezes bermelhinho ... mesmo bermelhinho ... como binho ... outras ... bermelhinho ... casi bermelhinho ... deslavado ... este bentosas ... é cá mais ... na república das banaanas ... anton nun é? ... ... tás a mancar ... comigo ... ou quê? ... qual polbo? ... qual bermelhinho? … num bejo nada … ... num bês? ... na … na ... claro que num bês … no meio deles … dos seis milhões ... num consegues ber …tu que julgas? ... num t'alembras do elefaante? ... no meio da manada ... de elefaantes ... é igal ... num bês … na ... na ... num bês ...

- Acorda, acorda, estás com pesadelos.
- Uff, ainda bem que acordei, ouviste alguma coisa?
- Não…!? O que foi?
- Não sei, não me lembro de nada.


Estás mesmo tramado FC Porto, este país vermelho e verde jamais te perdoará os êxitos dos últimos vinte anos.

Põe-te à tabela FC Porto, porque, com a nova Lei que virá, serás apanhado, quer queiras quer não queiras, ao virar da esquina, num piscar de olhos.

O futuro dos portugueses está, sem dúvida, mais risonho. As suas economias vão crescer e criar sustentabilidade.

As muitas milhares de famílias, vocacionadas para a “cunha”, não mais precisarão de se empenharem com as valiosíssimas prendas.

Os construtores e imobiliárias, a acreditar no que por aí se ouve e lê, não mais precisarão de investir balúrdios de euros para conseguirem os seus desígnios.

A Dra. Maria José Morgado e o Procurador de Gondomar, descobriram, penso eu, que por 40 ou 50 euros, que é quanto custa mais ou menos uma prostituta, se pode comprar a dignidade e seriedade dos políticos, dos governantes, dos autarcas, dos investigadores, dos magistrados, dos médicos, dos professores, dos polícias, dos árbitros, etc., etc..

Deus nos livre e guarde do betão feito com livros, areia e cimento.

domingo, 4 de fevereiro de 2007

AB6 - Vida boa, boa vida


Pela minha experiência no AB6, poderei dizer que, nesses dois anos, vivemos uma vida boa e uma boa vida.

Não será, logicamente, um testemunho vinculativo a todos os que por lá passaram nessa altura, pois cada um terá o seu próprio juízo de valor e eu não questionei, sobre isso, alguém. No entanto, é o que se sentia nos nossos contactos e convívios.

É elucidativo como, numa região afastada de Lourenço Marques mais ou menos 1.400 Kms, afastada do litoral à volta dos 700 Kms e a mais de 300 kms de Nampula, os dedos de uma mão cheguem e sobrem para contar os que, nessa altura e nos dois anos de comissão, tenham solicitado transferência para Lourenço Marques ou Beira, as duas mais importantes e grandes cidades de Moçambique.

E isto, frise-se, quando a transferência, para a base aérea de uma dessas cidades, era um direito estipulado e pré-concedido a todos os que cumprissem um ano de permanência no AB6 ou nos seus aeródromos satélite (AMs de Vila Cabral e Marrupa).

Esta constatação é significativa e atesta, realmente, a vida boa e a boa vida que aí levámos.

O grande companheirismo, amizade e cumplicidade entre quase todos os abseisistas, independentemente das divisas e galões, da cor e religiões e o excelente relacionamento e convívio com todos os residentes de Nova Freixo, naturais, metropolitanos ou monhés (sem ofensa), constituíram um importante factor para a permanência, durante toda a comissão, no AB6 e, obviamente, em Nova Freixo, da grande maioria.

Mas nunca seria suficiente se essa vida boa e boa vida não nos fosse concedida e permitida pelo comando da base, em muitos e variadíssimos aspectos.

As noites de Natal de 1968 e de 1969, apesar de, para quase todos, serem as primeiras vividas fora do seio familiar, foram paradigma dessa alegria e desse bem estar no nosso dia a dia no AB6.

O comando providenciou para que nada nos faltasse nessas noites de profunda simbologia e saudade, desde o bom bacalhau, batatas, ovos, variada hortaliça, bom azeite, bom vinho (tão raro e caro por aquelas bandas), doces e bolos variados, queijo, vinho do Porto, café, etc., etc.

E nem no dia de Natal faltou o respectivo almoço, como manda a sapatilha, com todos os ingredientes.

Por isso eu, através deste post, e penso poder fazê-lo em nome da maioria dos meus antigos companheiros, quero prestar homenagem e fazer vincar o nosso reconhecimento ao grande Homem que dirigiu o AB6 entre 1968 e 1970.


Permitir que hoje possamos dizer, apesar do isolamento, das saudades e da guerra de que se falava mas que nunca vimos (não esqueço os que pela via aérea tiveram que ir ao seu encontro, com os perigos daí inerentes), que esses foram os melhores tempos da nossa vida ou as melhores férias que já gozamos, é uma extraordinária dádiva do nosso comandante.

Muito obrigado, meu Comandante. O nosso agradecimento é o testemunho da nossa estima e consideração e do nosso reconhecimento pela sua grandeza como Homem, muito acima dos galões militares.

Um bem haja para Luís António da Silva Araújo, então Tenente-Coronel piloto aviador.

Não poderia, jamais, esquecer o 2º comandante, o nosso jovial amigo Capitão Montovani, também piloto aviador.

Recordo o Homem Bom que na comissão seguinte, na Guiné, voaria para a eternidade.
Até sempre, capitão Montovani.

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Nova Freixo em 2006


Vista geral de Nova Freixo, incluindo o AB6. (foto satélite)


Parte central de Nova Freixo (actual Cuamba). (foto satélite)


Avenida central, desde o monumento triangular até ao GDNF. (foto satélite)


Vista do GDNF, do café Sobral e, salvo erro, do armazém da Laurentina.

(foto satélite ampliada)



A estação, o largo da estação e o depósito da água à esquerda. (foto satélite ampliada)



Avenida central. (foto internet)


Avenida central. (foto Webshots)



Avenida central. Clicando na foto ela será ampliada. Poder-se-á então identificar, lá ao fundo a fachada do GDNF, a esplanada do café Sobral , na esquina arredondada, o armazém da Laurentina. Nesta casa à direita, penso que se vendia de tudo e que era nestas suas colunas que o peixe seco era pendurado. (foto Webshots)




A "nossa" igreja. (foto internet)




A casa do comandante. (foto Webshots)


O monumento triangular, no cruzamento da avenida central para o AB6.

(foto Webshots ampliada)


O Cuamba Hotel Vision 2000. (foto Webshots)


A gasolineira actual, em frente ao hospital. (foto Webshots)



Hospital de Nova Freixo. (foto Webshots)


A Universidade Católica - Faculdade de Agricultura (ex-quartel do exército).

(foto cedida)



Vista do morro elefante a partir do hotel. (foto Webshots)


A imponência do "nosso" morro do elefante. Ele era a vista previligiada a partir do AB6. (foto Webshots ampliada)

Nova Freixo em 1968-1970


Nova Freixo, também Cuamba

Placa territorial no acesso sul, estrada de Nampula e Malema.

Fotografia de Janeiro de 1969

Avenida central

Avenida central nas imediações da igreja, em direcção ao jardim, ao Café Sobral, ao complexo do GDNF, aos CTT, à estação dos CFM e à saída norte.

Fotografia de Janeiro de 1969


Jardim público

O jardim de Nova Freixo.

Fotografia de Abril de 1969

Estátua principal

A estátua no jardim.

Fotografia de Janeiro de 1969

Café Sobral

A esplanada do Café Sobral, na avenida central e junto ao GDNF.

O nosso local predilecto de encontro e convívio.

Inicialmente a 2M foi a nossa companheira e ela está aqui presente, mas a Laurentina depressa tomou o seu lugar de forma irreversível.

Fotografia de Março de 1969.

O "nosso" ringue

O ringue do Grupo Desportivo de Nova Freixo.

Um dos locais mais frequentados pelos "viciados" do futebol de salão.

Também aí se realizavam as festas populares da vila. As famosas quermesses.

Fotografia de Dezembro de 1969

A grande sala

O salão de festas e de cinema do GDNF.

Fotografia de Outubro de 1969

O entroncamento

O monumento triangular, situado no entroncamento do acesso à base aérea com a avenida central.

Fotografia de Fevereiro de 1970

O progresso

O novo viaduto, com a estrada ainda em fase de conclusão, na saída norte, a um ou dois quilómetros da vila.

Fotografia de Outubro de 1968