Apito ou cambalacho?
Este texto não obedece a critérios de pesquisa científica e não é, nem pretende ser, um testemunho de factos evidentes.
Sou um como outro qualquer que, vivendo longe da luz da ribalta e dos megafones, não deixa que lhe lavem o cérebro e que, pretendendo independência, absorve, analisa, pensa e descodifica pela sua própria cabeça, não recorrendo à sabedoria alheia, que, muitas das vezes, é de duvidosa cepa.
Portanto tudo o que a seguir virá, será somente o resultado da minha, razoável ou mísera, capacidade de raciocínio e o retrato fiel dos meus pensamentos.
Detesto ter que vir a reconhecer, mais tarde, que a minha razão, não passou de razão auto-amordaçada e inútil.
Por isso e na sequência de anteriores intervenções, aqui estou.
O Fafe do AB6
PINTO DA COSTA ACUSADO!
Aconteceu o esperado.
Pelo menos para mim.
Da leitura que fui fazendo dos mais variados acontecimentos relacionados com o apito dourado, tornou-se, para mim, evidente que sempre existiu um propósito premeditado de caçar Pinto da Costa e de denegrir as vitórias do F.C. Porto a qualquer preço, incluindo, segundo os meus pecaminosos pensamentos, a encomenda, manipulação e compra de testemunho sustentável.
A persistência e obstinação de Maria José para descobrir novos indícios (esgravatou, remexeu e suspeitou de tudo que ao F.C. Porto dissesse respeito) que se sobreponham à evidente falta de nexo de casualidade e à débil fundamentação da acusação relacionada com o jogo F.C. Porto – Estrela de Amadora, prostituíram, penso eu, a justiça e a isenção exigíveis a quem, ao serviço do bem comum, tem obrigação de zelar pela coerência e equidade de qualquer investigação.
Nas escutas telefónicas do apito dourado, pelo que li e ouvi, nos media, são também referenciados Luís Filipe Vieira, José Veiga e S.L. Benfica. Pelo que tenho lido são também referidos encontros entre José Veiga e árbitros em alguns restaurantes.
Nunca ouvi ou li que Maria José tenha desenvolvido pesquisas e averiguações, das quais se possa concluir pela existência da mesma persistência, obstinação e empenho para aduzir a correspondente acusação.
E eu, nos meus pecaminosos pensamentos, pergunto, de que tem medo Maria José? Receia pela evidência do nexo de casualidade, cuja inexistência, no F.C. Porto – Estrela da Amadora, penso eu, tanto a martiriza?
É por tudo isto que, como resultado do meu raciocínio em constante ebulição, eu penso que a justiça está a ser desvirtuada e que, segundo os meus pecaminosos pensamentos, estamos perante uma perseguição gravemente suspeita.
Eu olho para o rosto, na minha opinião, carrancudo de Maria José e percebo nele o empenho no estudo obstinado e martelado, mas, felizmente, não lhe consigo vislumbrar a dita inteligência, que muitos lhe apregoam.
Ainda agora, o advogado de Pinto da Costa, opinou, em comunicado, sobre o teor da acusação e, de imediato, por coincidência penso eu, Maria José voltou a inquirir Carolina Salgado e o árbitro Augusto Duarte, naquilo que eu interpreto como uma tentativa desesperada para descobrir um indício claro e inequívoco (dinheiro, dizem os media) que fundamente definitivamente a acusação de forma a aniquilar Pinto da Costa e o F.C. Porto.
Nos meus pecaminosos pensamentos, eu pergunto, porquê não encomendar um livro ao Augusto Duarte? Resolver-se-iam, penso eu, os fantasmas Beira-mar – F.C. Porto e Nacional da Madeira – S.L. Benfica, e seria tiro e queda.
O que a Maria José ainda não conseguiu explicar é se a Carolina Salgado, nos jogos F.C. Porto – Estrela da Amadora e Beira-mar – F.C. Porto, foi árbitro principal, árbitro assistente ou quarto árbitro.
Mas a mim ninguém precisa perguntar, porque eu, nos meus pecaminosos pensamentos, percebo muito bem quem é a estratega e autora moral do Eu Carolina.
Nos meus pecaminosos pensamentos, eu entendo, a condenação de Pinto da Costa e o denegrir dos êxitos e vitórias do F.C. Porto, como um desígnio inquebrantável de Maria José, de quem, na minha interpretação do que me é dado ler, ouvir e adivinhar nos entretantos, não enxergo a seriedade e isenção que eu penso serem absolutamente indissociáveis deste processo apito dourado e cuja resolução não pode depender de fanáticos e sectários anti-Pinto da Costa e anti-F.C. Porto.
Aliás, nos meus pecaminosos pensamentos, eu acredito muito mais que a vivência e a intimidade diárias de Maria José com o seu marido, conselheiro do S.L Benfica, amigo pessoal de Luís Filipe Vieira e que, nos meus pecaminosos pensamentos, aparece como um dos principais mentores e ideólogos da cruzada pelo apito dourado contra o Pinto da Costa e F.C. Porto, seja muito mais propícia a que a Maria José abdique, da sua seriedade e da sua dignidade, a favor da solidariedade para com as solicitações e exigências do seu efectivo companheiro do que, duma eventual e isolada noitada de putas e dum eventual jantar, se possa deduzir e se possa alegar que Jacinto Paixão vendeu a sua dignidade e seriedade.
A Maria José deve saber muito bem que a Liga e a Federação Portuguesa de Futebol são entidades de direito privado e que não estão acima de qualquer outra entidade ou cidadão.
A Maria José sabe, com certeza, o que é segredo de justiça e qual a importância e a obrigação de garantir a sua inviolabilidade.
A Maria José conhece a Constituição da República e sabe, se calhar melhor que ninguém, que a Lei Fundamental obriga a que todo o arguido se presume inocente até ao trânsito em julgado da sentença de condenação, devendo ser julgado no mais curto prazo compatível com as garantias de defesa. (Artigo 32º, ponto 2.)
A Maria José sabe muito bem que, nos jogos investigados, por mais peritos que consulte, e há milhões deles no país, jamais conseguirá provar, porque não existiu, intervenção falaciosa dos árbitros, favorável ao F. C. Porto.
Então Maria José, porquê e em que pressupostos legais assenta a sua decisão de enviar certidões, extraídas do processo, para a Liga e para a Federação Portuguesa de Futebol? A que legitimidade recorreu para desenvolver parcerias de cooperação, pelo menos é o que depreendi das palavras de Ricardo Costa, presidente da Comissão Disciplinar da Liga, com os departamentos jurídicos dessas instituições? O que pretende?
Entende a Maria José que essas entidades estão acima da Constituição e da presunção de inocência e entende que, a favor delas, a Maria José tem a autoridade de violar o segredo de justiça?
Nos meus pecaminosos pensamentos, começo já a perguntar-me se não será, Luís Filipe Vieira, a voz do calendário.
Pretender que os, eventuais, pagamentos de prostitutas, café e ou jantares prefigure um acto de corrupção é ridiculamente assustador, sobretudo quando crimes e ou actos gravíssimos são, penso eu, sucessivamente esquecidos e, penso eu, branqueados.
Aduzir que, a troco de uma noitada de luxúria e forrobodó, alguém possa ter vendido a sua própria dignidade e respeitabilidade é, penso eu, passar um atestado de corrupção activa e passiva a toda a sociedade portuguesa, incluindo políticos, magistrados, advogados, médicos, polícias, autarcas, árbitros, putas, empresários, empreiteiros, etc. etc..
Isto é inaceitável, mais ainda quando, comprovadamente, não existe entre os eventuais favores e o objecto do acto de corrupção (o jogo F.C. Porto – Estrela da Amadora) qualquer relação de efectiva troca de correspondentes favores.
A lei em vigor, aquando dos supostos acontecimentos, exige a existência de nexo de casualidade para que um qualquer acto possa ser pronunciado como crime de corrupção.
Mas cuidado com o nexo de casualidade, os jogos não são transmitidos a três dimensões e há muito quem seja perito em explorar a ilusão de óptica, a câmara lenta, os ângulos de focagem, as omissões e os cortes cirúrgicos, desvirtuando a realidade do jogo, em proveito das suas convicções coloridas e em proveito do alarido que pretendem agitar ou silenciar.
E dessas habilidades estamos nós saturados.
A Maria José, que segundo diz o Procurador-Geral, estuda muito, sabe tudo isto de cor e salteado.
E sabe que ao acusar Pinto da Costa vai perder.
E se os seus colegas, isentos e inteligentes, arquivaram o processo, a troco de quê, pergunto eu, a Maria José opta pela derrota jurídica?
Será porque, penso eu, procura, na exultação e frenesim dos seis milhões, a condenação pública, que nunca conseguirá, penso eu, pela via judicial? Será porque, penso eu, aos olhos dos seis milhões ela será glorificada como o símbolo da justiça, regeneradora da verdade desportiva e heroina do obscurantismo dragoniano, enquanto que, aos mesmos olhos, os que virão a julgar e decidir, no lugar certo e à luz das leis existentes, serão para sempre a simbologia de os maus da fita?
Será porque o Eu Carolina veio descodificar as escutas telefónicas?
Tenho para mim, que o mais estúpido burro, o mais estúpido jerico e o mais estúpido camelo deste país, percebem que o Eu Carolina não é um testemunho espontâneo, livre, voluntário e sério.
Todos esses, penso eu, entendem que o Eu Carolina é um testemunho encomendado, pago, manipulado e ensaiado.
E, nos meus pecaminosos pensamentos, eu vislumbro factos e coincidências que importa enumerar:
Facto 1 - O famoso dossier, que muitos dizem mais não ser do que fotocópias do processo apito dourado, e que, penso eu, foi entregue em mão a Luís Filipe Vieira e não colocado á porta da sua casa, como ele sempre fez questão de fazer crer, foi parar às mãos do S.L. Benfica, que por acaso, e só por acaso, não é entidade judicial. Ou será que é?
Coincidência 1 – Saldanha Sanches, conselheiro do S.L. Benfica e amigo pessoal de Luís Filipe Vieira é marido de Maria José Morgado, magistrada e procuradora do Ministério Público.
Facto 2 – O famoso dossier, que segundo Luís Filipe Vieira apareceu à porta de sua casa, trazido, penso eu, por uma qualquer cegonha, não foi entregue de imediato, como se impunha legalmente, às entidades judiciais deste país.
Coincidência 2 - Saldanha Sanches, conselheiro do S.L. Benfica e amigo pessoal de Luís Filipe Vieira é marido de Maria José Morgado, magistrada e procuradora do Ministério Público.
Facto 3 – As entidades judiciais, sobretudo o Ministério Público, não exigiram que de imediato, logo após a primeira intervenção nas TVs, Luís Filipe Vieira devolvesse o dito dossier.
Coincidência 3 - Saldanha Sanches, conselheiro do S.L. Benfica e amigo pessoal de Luís Filipe Vieira é marido de Maria José Morgado, magistrada e procuradora do Ministério Público.
Facto 4 – Luís Filipe Vieira, na posse do dito dossier, fartou-se de, diante das TVs e outros media, protagonizar profuso folclore pidesco, ameaçando e querendo impor intervenção judicial, perguntando eu, agora, de onde lhe teria vindo a inteligência e a competência jurídica para dele, dossier, tirar as devidas conclusões?
Coincidência 4 - Saldanha Sanches, conselheiro do S.L. Benfica e amigo pessoal de Luís Filipe Vieira é marido de Maria José Morgado, magistrada e procuradora do Ministério Público.
Facto 5 – Luís Filipe Vieira, sempre foi dizendo que o dito dossier seria analisado pelo departamento jurídico do S.L. Benfica, do qual, penso eu, não dependia nem depende competência legal e jurídica para o efeito, nem eu, nos meus pecaminosos pensamentos, consigo perceber que razões obscuras existiriam para se auto-substituir ao Ministério Público.
Coincidência 5 - Saldanha Sanches, conselheiro do S.L. Benfica e amigo pessoal de Luís Filipe Vieira é marido de Maria José Morgado, magistrada e procuradora do Ministério Público.
Facto 6 – Após esse longo período, que eu considero de folclore pidesco, e após a, penso eu, fantasmagórica análise do S.L. Benfica ao dito dossier, aparece publicado o livro Eu Carolina, prefaciado pela Leonor Pinhão, que nos meus pecaminosos pensamentos aparece como a mais aviltante e nauseabunda anti-Pinto da Costa e anti-F.C. Porto de que tenho memória, e cujo conteúdo, segundo é referido no mais recente livro de Felícia Cabrita, mais não é do que uma transcrição do correspondente processo apito dourado, ou seja, por dedução matemática do dois mais dois são quatro, do dito dossier.
Coincidência 6 - Saldanha Sanches, conselheiro do S.L. Benfica e amigo pessoal de Luís Filipe Vieira é marido de Maria José Morgado, magistrada e procuradora do Ministério Público.
Facto 7 – O Procurador-Geral aparece nas TVs de livro, Eu Carolina, na mão, tendo eu entendido das suas palavras que o iria analisar e aferir da sua importância. Pouco tempo decorrido, constitui uma equipa especifica e de poder centralizado para o apito dourado, nomeando para responsável máximo dessa equipa a Maria José Morgado.
Coincidência 7 – Maria José Morgado, magistrada e procuradora do Ministério Público é esposa de Saldanha Sanches, conselheiro do S. L. Benfica, amigo pessoal de Luís Filipe Vieira, o qual, nos meus pecaminosos pensamentos, aparece, juntamente com Leonor Pinhão, como um dos principais mentores e ideólogos da cruzada vermelha pelo apito dourado contra o Pinto da Costa e F.C. Porto.
Facto 8 – A Maria José, conforme publicou Miguel Sousa Tavares na A Bola de 16/01/2007, reuniu-se, num hotel com Carolina Salgado e Leonor Pinhão. Inacreditável, pensei eu. E, nos meus pecaminosos pensamentos, eu pergunto, num hotel porquê e para quê e que lá fazia a Leonor Pinhão, a tal que nos meus pecaminosos pensamentos aparece como a mais aviltante e nauseabunda anti-Pinto da Costa e anti-F.C. Porto de que tenho memória?
Coincidência 8 – Maria José Morgado, magistrada e procuradora do Ministério Público é esposa de Saldanha Sanches, conselheiro do S. L. Benfica, amigo pessoal de Luís Filipe Vieira, o qual, nos meus pecaminosos pensamentos, aparece, juntamente com Leonor Pinhão, como um dos principais mentores e ideólogos da cruzada vermelha pelo apito dourado contra o Pinto da Costa e F.C. Porto.
Nos meus pecaminosos pensamentos, eu reclamo a demissão da Maria José e reclamo a anulação de todas as averiguações e decisões emanadas do seu comando.
Aliás, nos meus pecaminosos pensamentos, eu penso que um DIAP isento e independente, deveria investigar todos os que directa e indirectamente estiveram relacionados com a publicação do Eu Carolina e com a, penso eu, fuga das fotocópias do processo apito dourado, conhecidas, penso eu, pelo nome de dossier, que por sua vez, penso eu, esteve na origem do Eu Carolina.
Em virtude desta minha actividade mental, espero, com exultante prazer, ver a Maria José estrebuchar e ser esborrachada, em pleno tribunal, contra o soalho das causas perdidas, enquanto que, na mesma sala, espero ver a Carolina Salgado dançar frenética e incessantemente, como que revivendo Os cavalos também se abatem. Muito espero da eficácia do advogado de Pinto da Costa.
Tenho esperança que aí, no tribunal, se apagará para sempre o mito morgado, germinado no seio dos media sem que, para além das controversas e mediáticas intervenções, alguma vez, na minha opinião, tenha justificado o imortalizado atributo.
Eu penso que Pinto da Costa e F.C. Porto não precisam de um advogado que os defenda. Penso eu, precisam é de um advogado de ataque demolidor, que não receie as palavras nem as consequências e que não abrande a determinação e o ataque enquanto não conseguir que toda a actividade profissional, pessoal e financeira de todos os que directa e indirectamente estiveram relacionados com a publicação do Eu Carolina e com a, penso eu, fuga das fotocópias do processo apito dourado, conhecidas, penso eu, pelo nome de dossier, que por sua vez, penso eu, esteve na origem do Eu Carolina, sejam averiguadas e investigadas ao milímetro e ao cêntimo, aqui e no estrangeiro, a partir do inicio do mês anterior ao aparecimento do famoso dossier á porta da casa de Luís Filipe Vieira.
É estranho, mas não deixa de ser relevante, pelo menos para mim, que o Procurador-Geral não tenha aparecido, nunca, com o recente livro de Felícia Cabrita, Luzes e sombras de um dragão, na mão e que, sobre ele, nada tenha pronunciado.
É estranho, que nenhuma equipa específica e com plenos poderes tenha sido nomeada, pelo Procurador-Geral, para analisar e investigar a veracidade dos gravíssimos crimes que nesse livro, de Felícia Cabrita, são mencionados e testemunhados e que põem em causa, na interpretação que desses relatos faço, a idoneidade, seriedade e sanidade mental, não só da Carolina Salgado, como também de quem, penso eu, não refutando e não contra-argumentando as acusações contidas nesse livro, a credibiliza e apoia.
É preocupante que o Procurador-Geral da República desconheça Luzes e sombras de um dragão, de Felícia Cabrita, e, mais inquietante ainda, que ignore um conteúdo que revela o testemunho de crimes hediondos e incomensuravelmente mais graves do que os cafés, as prostitutas e jantares do Eu Carolina.
É inexplicável que, após a publicação de Luzes e sombras de um dragão, se permita a insistência na reabertura de um processo, exclusivamente sustentada na credibilidade de Eu Carolina e Carolina Salgado e, mais inexplicável ainda, que se consinta o avançar com a acusação do principal visado no testemunho literário de Carolina Salgado, sem antes ordenar a investigação de Luzes e sombras de um dragão e do respectivo conteúdo e sem antes impor a inquirição de Felícia Cabrita e da sua fonte.
Já agora, Maria José, sabia que Felícia Cabrita escreveu um livro, no qual arrasa Carolina Salgado?
E já agora, Maria José, mandou investigar o livro e a veracidade dos seus testemunhos, que, directa ou indirectamente estão ligados aos testemunhos de Carolina Salgado?
E já agora, Maria José, por uma questão de isenção, verticalidade e coerência, inquiriu a Felícia Cabrita e sua fonte e anexou os seus depoimentos, tal qual fez com os de Carolina Salgado, ao processo?
A obsessão pela condenação de Pinto da Costa e F.C. Porto não pode branquear tudo e muito menos, as entidades judiciais, podem assobiar para o lado quando a credibilidade, fundamental e essencial à sustentação da reabertura e acusação, é literalmente esmagada por Felícia Cabrita e sua fonte, que curiosamente e estranhamente, ou talvez não, são completamente ignorados.
Ainda não ouvi ou li que os magistrados responsáveis pelo arquivamento dos processos, agora reabertos, tenham sido inquiridos, investigados e constituídos arguidos por corrupção passiva, o que me leva a interpretar que esses magistrados analisaram e decidiram em conformidade com o instituído legalmente e de acordo com as suas delegadas competências.
Porquê, então, constituir uma nova e centralizadora equipa e porquê nomear Maria José Morgado como responsável máximo?
Porquê semelhantes falta de ética, falta de solidariedade e falta de confiança profissional?
Porquê anular decisões de colegas magistrados, quando estes agiram no uso das competências delegadas e das suas faculdades judiciais?
Num país que deixa prescrever o famoso processo UGT e Torres Couto;
Num país que esquece e ignora a Parque Expo;
Num país, que assiste impávido e sereno à comunicação, do então presidente Manuel Vilarinho, de que o S.L. Benfica de Vale Azevedo devia uma pipa de massa ao fisco e segurança social;
Num país que, obviamente, fica a entender que o S.L.Benfica de Vale Azevedo entregou na Liga uma certidão, comprovativa da regularidade da sua situação, fraudulenta, porque fundamentada em dados falsos e inexistentes;
Num país que permite que, o Artigo 10º do Decreto-Lei nº 303/99 de 06 de Agosto, seja gravemente vigarizado pelo S.L.Benfica de Vale Azevedo.
Num país que aceita a ultrapassagem fraudulenta do Regulamento das competições da Liga Portuguesa do Futebol Professional, aprovado em conformidade com o Artigo 12º do mesmo Decreto-Lei e que, em conformidade com a alínea d) do mesmo Artigo 12º, impediria a participação competitiva na 1ª Liga, caso não tivesse sido vigarizado e caso não tivesse sido, eventualmente, vitima de corrupção;
Num país que, após a descoberta do maior escândalo e fraude desportiva da história do futebol português, permite que os regulamentos não sejam devidamente accionados, e permite que S.L. Benfica continue, impunemente, a participar na 1ª liga e vê os media e as entidades judiciais entretidas com o dinheiro da transferência de Ovchinnikov, como se em terra de cegos quem tem um olho é rei;
Num país que deixa caducar as medidas de coacção de presumíveis assassinos de um agente da Polícia Judiciária, deixando-os em liberdade;
Num país que assobia para o lado quando as vítimas do processo Casa Pia, em pleno tribunal, são silenciadas quando implicam Paulo Pedroso, e os seus testemunhos descredibilizados e ignorados;
Num país que olvida Entre-os-Rios;
Num país que, uma magistrada do Ministério Público, desvenda a existência, até aí desconhecida e impune, de slot-machines abortadoras;
Porquê, no mesmo país, a cabeça de Pinto da Costa?
Porquê, no mesmo país, a dignidade e respeitabilidade do F. C. Porto?
Porquê, no mesmo país, se permite a perseguição doentia e implacável de quem, eventualmente, paga café, marisco ou putas?
Na Grande Entrevista, com Judite de Sousa, o Procurador-Geral sentiu necessidade de justificar que não existe qualquer tipo de perseguição a Pinto da Costa e F.C. Porto.
É bom saber que o Procurador-Geral se apercebe de que em Lisboa existe a percepção de que Pinto da Costa e F.C. Porto são vítimas de perseguição judicial.
Apesar do tremendo esforço que faço, e muito tenho feito, sinto enorme dificuldade em acreditar que o Procurador-Geral é apenas uma coincidência nesta, penso eu, despudorada caça às bruxas.
Quanto ao projectado filme de João Botelho e Leonor Pinhão, que, nos meus pecaminosos pensamentos, são os mais assanhados, imbecis, fanáticos e sectários anti-Pinto da Costa e anti-F.C. Porto, lembro apenas, que o Eu Carolina não é romance nem ficção. É um depoimento unilateral e sectário, sem direito a contraditório, sobre duas pessoas reais e que envolve outras pessoas mais, também reais.
Acredito na sagacidade e inteligência de Pinto da Costa para que, à custa desse filme e dos seus autores, o F.C. Porto consiga, na altura própria, reforçar o seu plantel e reduzir, consideravelmente, o seu passivo.
Assim seria, pelo menos, num país de direito.
E se não estamos num país de direito, nem de direitos iguais, estamos, com certeza, inseridos numa comunidade europeia de direito.
Mas não descansem, portistas, que isto não acaba aqui. Outras, muito mais graves, estão para rebentar e, uma vez mais, Pinto da Costa e F.C. Porto estão na liça.
Quem não se lembra da época de 1996/97?
Dois jogos estão, penso eu, sob cerrada investigação e não tardará, penso eu, a inquirição dos árbitros desses encontros.
Ambos se realizaram no estádio da Luz e envolveram S.L. Benfica e F.C. Porto.
Os graves indícios recaem sobre o jogo da final da Supertaça, referente aos vencedores da época de 1995/96, e à 15ª jornada da Liga, jogo este que o S.L. Benfica iniciou com cinco pontos de atraso em relação ao F.C. Porto, 1º classificado, e do qual dependia a esperança benfiquista na conquista do título.
Penso eu, que as diferentes equipas de arbitragem serão acusadas, pelo mesmo tipo de crime que, eventualmente, poderá determinar a prisão de PC e a despromoção de FCP, por corrosão activa.
Em ambos os jogos existem fortes indícios de baile não autorizado, com utilização de música pirata, e de que só o F.C. Porto terá sido autorizado a dançar.
No jogo da Supertaça, a situação é extremamente grave. Para além da corrosão e dos indícios já referidos, sobre o árbitro recai, ainda, a acusação de ter validado cinco golos, marcados ao ritmo frenético de twist de contrafacção, comprado a feirantes e ilegalmente acelerado para as possibilidades dos jogadores do S.L. Benfica, tudo apontando para que Pinto da Costa venha, ainda, a ser responsabilizado pelo atarantarismo generalizado, depressão convulsiva e pelas violentas alucinações e estupefacções, determinantes para a ocorrência de alguns graves acidentes de saúde pública, por todo o país.
Apesar de mais volumoso, o 7-0 de Vigo não se compara, em violência sísmica e violência dos batimentos cardíacos, ao 0-5 verificado neste jogo.
E querem roubar o mérito dos êxitos do F. C. Porto!
Cambada de convencidos!
Nem com estes terramotos e outros sismos mais, eles se enxergam.
Quando tivermos a certeza que os seis milhões esmagam e devoram o poder político, a justiça e os arautos da comunicação, quando tivermos a certeza que os seis milhões, disfarçados de santos, nos sufocam com o seu fanatismo e sectarismo petulante e quando tivermos a certeza de que o país nos abandona à sorte sicilianaica, então nada mais nos restará senão enveredarmos por outras formas de luta.
- Porque a isso não sou obrigado, eu não confio na isenção e seriedade da Maria José.
A vitória, da conquista, e não a ave de rapina, será nossa.
- O apito morgado e o sonho (FEV/2007)